É brasileiro o responsável pelo que você vê, ouve e conecta desde o 974 Stadium, palco do segundo jogo da Seleção Brasileira nesta Copa do Mundo, contra a Suíça. Adriano Aguiar é carioca, tem 36 anos e mora no Catar preparando tudo no mais interessante dos oito estádios deste Mundial desde outubro do ano passado.
Totalmente desmontável, o estádio foi construído com 974 contêineres, cujo centena é o DDI do Catar para ligações internacionais.
Adriano comanda cerca de 60 pessoas, entre a sua equipe e os de empresas terceirizadas sob sua liderança. Tem saudade dos filhos Alex e Sofia, de 13 e 11 anos, mas está feliz. O desemprego era uma realidade no Rio de Janeiro quando um indiano entrou em contato pelo LinkedIn. Aí sua vida mudou por inteiro.
Algum tempo depois, Adriano estava sendo entrevistado em São Paulo por representantes do Comitê Supremo de Organização do Catar, em São Paulo. Mais alguns dias e o mesmo indiano ligou para dar a notícia, mas avisando que antes ele teria de trabalhar na Olimpíada de Tóquio, em 2021.
— Topei na hora. Dá saudade de casa, mas é uma experiência incrível. É uma torre de Babel, com gente do mundo todo — diz Adriano.
O cuidado em causar boa impressão é constante. A área onde ele trabalha foi envelopada por um contêiner 24 horas antes da partida, para não destoar da arquitetura do estádio. Carolina Dias, outra carioca, de São Gonçalo, é a diretora geral do 974 Stadium. Se for às oitavas, a Seleção voltará aqui. Pelo jeito, com torcida fora e nos bastidores do estádio.