Repare que cenário e contexto são os mesmos.
Ninguém imaginava Thiago Galhardo convocado para a Seleção Brasileira, mas aconteceu dentro de um cenário com restrições para "estrangeiros".
E ele voltou picado pela mosca imperial. Nunca mais foi aquele operário ávido por gols. Perdeu lugar no time e a confiança da torcida. Foi salvo por Eduardo Coudet, que o chamou para o Celta aos 32 anos, quase um conto de fadas.
Como será com Edenilson, ainda que ele sempre tenha se mostrado humilde e imune a essas questões?
Ninguém sequer o cogitava na Seleção Brasileira em jogos de Eliminatórias de Copa do Mundo, mesmo com o bloqueio inglês.
Já cobri Seleção Brasileiras muitas vezes. É um ambiente mágico e encantador. O jogador se sente um semideus. O poder que emana a camisa pentacampeão inebria. Basta vesti-la (pode ser só a de treino) para ser visto de maneira diferente pelos fãs.
Tudo é do bom e do melhor, em níveis superiores mesmo ao dos grandes clubes. Chega a ser exagerado. Os atletas são tratados como reis.
É fácil "se achar" na Seleção, sonho de infância de qualquer menino. Mesmo os experientes podem balançar. Como voltará Edenilson, mais essencial para o funcionamento do Inter do que era Thiago Galhardo?