Nunca houve nada parecido na história do futebol mundial. Pelé foi jogar os Estados Unidos, no Cosmos, mas numa liga praticamente amadora à época. Cristiano Ronaldo saiu do Real Madrid para a Juventus por uma fortuna, mas ele nunca foi identificado com um clube. Jogou no Sporting, Manchester United.
Messi, não.
É até estranho imaginá-lo com outra camisa que não a do Barcelona. E aí vem a pergunta. Ele conseguirá se repetir em altíssimo nível? Mas essa não é a principal questão. O incrível é que não há três caminhos para Messi no PSG.
É glória ou desterro. Sem meio termo. Não tem tempo de adaptação. Se o PSG não for campeão da Liga dos Campeões com o trio Neymar-Messi-Mbappé, nunca mais. Então, inacreditavelmente, ele terá de provar. E se reinventar.
Não poderá ficar caminhando sem a bola, como vinha fazendo no dois últimos anos. Se Neymar agir assim, e também Mbappé, alguém terá de correr três vezes mais. E, no Parque dos Príncipes, os operários tem luzes também. Verrati é campeão da Euro com a Itália. Di Maria é uma estrela.
Enfim: se não sair time com Messi, Neymar e Mbappé, estaremos diante do maior fracasso da história do futebol. Agora, se o PSG sair jogando por música, ganhará milhões de torcedores mundo afora. Será motivo de série na Netflix.
Todo mundo quer ver esses três camisas 10 juntos. Messi, o 10 da Argentina. Neymar, o 10 do Brasil. Mbappé, 10 da França. E o time do PSG, será nota 10 também?