Em contato com repórteres argentinos que acompanham a carreira de Leandro Fernández, 29 anos, cujo último clube foi o Independiente, da Argentina, o repórter Filipe Duarte pinçou duas características comuns em todos os depoimentos. Ele é bom finalizador, porém individualista.
Talvez não seja de todo ruim este diagnóstico a respeito do novo reforço do Inter, anunciado pelo vice-presente de futebol colorado Alessandro Barcellos, após o bom empate em 1 a 1 com o Palmeiras.
O Inter precisa mesmo um certo toque de loucura no ataque. Alguém que risque fora da caixa e vá para cima do marcador, a drible ou em velocidade, se for possível juntando uma coisa e outra. Marcos Guilherme parecia ser esta peça, mas ficou só na velocidade sem consequência, ao menos por enquanto.
O Inter precisa mesmo de um certo egoísmo no terço final, onde tudo se decide, para além de infiltrações, cabeceios e troca de passes. Alguém que receba a bola e não gire o corpo para o lado ou para trás, e sim avance de frente, como se desbravasse o mundo.
Dizem que Leandro é abusado nas comemorações, com direto a dancinhas. Se o individualismo dele fosse inadministrável ao ponto de prejudicar o conjunto, Eduardo Coudet não traria o oitavo estrangeiro para o Inter. Quem sabe o individualismo de Leandro Fernández, em vez de prejudicial como todos os matizes não pode ser benéfico ao Inter, aos cuidados de Eduardo Coudet.