O Inter anunciou a contratação do atacante argentino Leandro Fernández, 29 anos, que estava sem contrato após deixar o Independiente-ARG, em julho. O reforço colorado foi o grande assunto da entrevista com o técnico Eduardo Coudet após o empate em 1 a 1 com o Palmeiras, no Allianz Parque, na noite de quarta-feira (2).
— É um jogador que vai se adaptar pela característica. Tem boa pegada e a virtude de chutar com as duas pernas — destacou o treinador, que o enfrentou na Argentina.
Coudet ressaltou o fato de que o atleta marca muitos gols e estava livre no mercado, o que possibilitou a vinda imediata de Fernández, que chega nesta quinta a Porto Alegre. Outra característica elogiada pelo técnico foi a intensidade e marcação na saída de bola do rival.
— É um jogador físico, por isso vai se adaptar à nossa equipe, que gosta dessa primeira pressão — disse Coudet.
Com poucas opções ofensivas para o ataque a partir da sequência de lesões de atacantes, Fernández junta-se a Abel Hernández na lista de reforços. O argentino, no entanto, costuma atuar como segundo atacante, diferentemente do uruguaio, que é mais centroavante.
Ainda assim, o treinador do Inter garantiu que ambos podem fazer qualquer função do ataque e que podem, inclusive, jogar juntos:
— Todos podem jogar juntos. Hoje estamos jogando sem um atacante posicional, então, todos podem jogar juntos. São atletas que vão se adaptar ao sistema, podem jogar de centroavante, por fora ou até de segundo atacante.
Como estavam sem contrato e, portanto, sem jogar, os reforços precisarão de mais tempo para estarem à disposição do treinador. Assim, não jogarão a próxima partida, contra o Bahia, no domingo, e possivelmente seguirão fora na semana seguinte.
— Ainda precisam de tempo de treinamento, contato com a bola, e também os papéis, que demoram a chegar — afirmou Coudet, que garantiu que não irá "acelerar o processo" para colocá-los em campo.
Quando ao empate com o Palmeiras, o treinador elogiou a atuação dos jovens escalados. Contudo, disse ter ficado dividido com o resultado final:
— Sempre gosto de ganhar. Deixamos escapar dois pontos no final. Não podemos deixar de lado que enfrentamos um grande rival, com bons jogadores, um grande treinador e em uma superfície que não estamos acostumado. Por um lado, fico contente porque a equipe jogou bem, com jovens, mas por outro é dolorido, porque deixamos escapar dois pontos.