Quase fechada, a venda de Bruno Fuchs, 21 anos completados em abril, para o CSKA, da Rússia, mostra bem como são as novas regras de mercado. Se tem grife e desempenho nas seleções da CBF, não importa se foi bem no clube de origem. Diego Rosa está indo para o Group City, dono do Manchester City, sem atuar no profissional. Idem para Tetê, estrela do Shakhtar, na Ucrânia.
O zagueiro Bruno Fuchs não vinha arrebentando no Inter. Jogou meia dúzia de vezes. Oscilou no embalo do time, mas foi campeão do Torneio de Toulon e encerrou o Pré-Olímpico como titular da seleção brasileira sub-23 que vai à Tóquio, em 2021.
A Europa espalha observadores pelo mundo. São funcionários. Fazem relatórios. Reúnem-se em congressos regulares nas suas matrizes. Debatem. Exibem power points com estatísticas e vídeos. O diagnóstico total da promessa sul-americana sai antes dos 20 anos.
Aquele carimbo final, o da passagem para a maioridade em casa, no clube de origem, passou a ser irrelevante na decisão de onde e quanto investir. Sempre é importante saber que ele está incorporado ao grupo principal, claro, mas não é isso que determinará o valor do negócio. Fuchs, Tetê e Diego Rosa são a prova.