A cada atuação exuberante de Neymar no PSG mais se abre um horizonte incrível para a Seleção Brasileira. Nesta terça-feira, novo passe de cinema, para o segundo gol, de Di Maria, no 3 a 0 sobre o Leipzig, por sua vez uma equipe disciplinada e forte, mas sem talentos individuais acima da média como são o próprio Neymar e Mbappé.
Na França, Neymar é muito mais armador do que era na Espanha. Aquele espaço do campo era naturalmente ocupado por Messi no Barcelona. No PSG, quando Neymar pega a bola na faixa central, Mbappé já sorri e aciona o turno.
Chega a ser engraçado que eles se procuram antes de mais nada quando tocam na bola. Mbappé chega a mudar a postura corporal pelo lado quando Neymar recebe. Fica mais alerta. Sabe que, com um garçom assim, a chance de não ser bem servido é zero.
De agora em diante, Neymar tem de ser o ritmista do Brasil, em vez de ser o extrema, com posição de partida na esquerda. Vai abrir vaga para Tite escolher. Não é Neymar ou Cebolinha, e sim os dois. O Brasil forma ponteiros em série a cada ano. Neymar, de certa maneira, os trancava na Seleção atuando por ali. Agora, suponho, não mais.
Com esse Neymar diferente no estilo e no comportamento, a um passo de ser Bola de Ouro pela primeira vez (se ganhar a Liga dos Campeões, ou o Lyon surpreender, é ele; se der Bayern, aí é Lewandowski), o cenário brasileiro para a Copa do Catar é totalmente novo e interessante. A Seleção Brasileira tá "on".