Deve haver algo muito forte ligando Bruno Cortez, 33 anos, ao Grêmio. O destino, talvez. São quatro temporadas de dedicação e contestação.
A direção sempre o considerou insuficiente na comparação com outros que brilharam na lateral esquerda, de Everaldo a Roger, embora nunca tenha comprometido. As faixas da retomada dos títulos, a partir de 2016, estão todas em seu peito, com virtudes e defeitos.
A cada atuação de Marcelo Oliveira e Juninho Capixaba, por exemplo, Cortez se tornava mais titular. Parecia que a história seria diferente com Caio Henrique, mas aí vem a maior crise sanitária em um século, e seus efeitos levam o jovem lateral de volta ao Atletico, de Madrid, a pedido do técnico Diego Simeone.
E lá vai o Grêmio para mais uma temporada à bordo da eficiência de Cortez. Tudo indica que os tempos espartanos impedirão a ida ao mercado por um lateral melhor do que ele. Que, diga-se, nunca deixou de levar um sorriso no rosto apesar das críticas.
Será que não está nascendo mais um imortal no Grêmio? Não tem jeito. A lateral esquerda é dele e ninguém tasca.