Escrevi que era mais razoável Grêmio e Inter contarem antes com o dinheiro do Mecanismo de Solidariedade da Fifa, que remunera os clubes formadores em cada revenda no Exterior, do que negócios diretos Brasil-Europa.
Pois o volante Arthur já acertou salários com a Juventus, segundo os noticiários italiano e espanhol. Resta saber de quanto estamos falando para calcular os 3,5% a que o Grêmio tem direito, de acordo com a tabela fixa do instrumento criado pela Fifa. Vai depender da operação envolvendo o meia Pjanic, 30 anos, que irá para o Camp Nou de contrapeso. Se for negócio separado, sobra mais para o Grêmio.
Se o bósnio for incluído, como forma de abater os valores, aí obviamente o valor total cai, e o Grêmio receberia menos. As trocas, ou inclusão de jogadores para abater valores, são uma tendência pós-pandemia. Curiosamente, o primeiro a prever isso foi exatamente Fabio Paratici, gerente esportivo da poderosa Vecchia Signora, cuja estrela mais cintilante de sua constelação é Cristiano Ronaldo.
De qualquer maneira, é receita extra que pode pingar para o Grêmio, caso tudo seja concretizado. E, como era de esperar, através do Mecanismo de Solidariedade, antes das vendas diretas Brasil-Europa. Pedra cantada, como se dizia antigamente.