Uma fonte me disse que o Napoli, através de enviados, acenou com o interesse em Everton. Ainda sem proposta oficial, é verdade, mas aí é preciso ver o conceito de "proposta oficial". Se for a do papel timbrado, é óbvio que só virá depois de algumas tratativas informais que atalhem os caminhos. O país inteiro sabia que Sérgio Moro pediria demissão antes de qualquer oficialidade do Planalto e do próprio Moro.
Ao que sei, o Grêmio emitiu resposta positiva, mas Everton surpreendeu-se negativamente com o salário oferecido. A regra é ir pelo dobro, e o Napoli teria oferecido "apenas" 50% a mais. Com o rigor tributário de lá, não seria tanta vantagem.
Mas o Napoli quer Everton. Esse é o ponto. A questão salarial com o jogador pode ser resolvida ou compensada no futuro, quando tudo voltar ao normal. Cebolinha tem de cuidar para não perder o trem da Europa. O tal papel timbrado, ou algo do gênero, como queiram, chegará. Se é verdade, como se diz na Itália, que o Napoli ofereceu 20 milhões de euros, e o Grêmio pediu 28 milhões, há margem de negócio, mesmo com a pandemia a impor limitações.
Quanto aos outros donos de Everton – Gilmar Veloz (30%) e Celso Rigo (10%), excetuando o Fortaleza (10%) –, o Grêmio poderia resolver dando-lhes percentuais de promessas do elenco.