Foi exatamente como Eduardo Coudet disse na entrevista ao Grupo RBS, da qual fiz parte. "Agora poderei ser mais solto", disse ele, usando o verbo "soltar" por sugestão deste colunista, já que faltava-lhe a palavra em português.
Terminadas as urgências da seletiva, quando qualquer erro era sinônimo de eliminação, Coudet moveu peças para frente. Redesenhado, sem a duplicidade de Musto e Lindoso no meio, o Inter não jogou: exibiu-se. Edenilson foi meia central, dando uma fluidez impossível com Lindoso na função.
A entrada de Marcos Guilherme, um essencial atacante de velocidade, com Thiago Galhardo flutuando a partir de retomada da bola, tipo assim um dublê de D’Alessandro, deu profundidade. O lance de ataque foi sempre agudo. Com meia hora de jogo, eram 14 finalizações e três chances claras. Os gols vieram com Guerrero, no segundo tempo, de falta e na pressão na saída de bola.
Marcos Guilherme fez o terceiro, dando números corretos a uma superioridade acachapante. Não lembro de tal volúpia ofensiva há muito tempo no Beira-Rio. Em finalizações, 24 a 4. O torcedor, creio, deixou o estádio orgulhoso.