Chegamos a um consenso, o Guerrinha e eu, sobre como surgiram os boatos da ida de Guerrero para o Palmeiras. O centroavante do Inter é dono de 70 cavalos de corrida em Lima, no Peru. Em São Paulo, mantém seis na ativa. É um apaixonado por turfe.
Só que ele decidiu vender os cavalos de sua propriedade na capital paulista, como explicou o Guerrinha. Daí às ilações de que estaria se desfazendo de tudo o que o liga ao Brasil foi um pulo. Seu futuro seria o Exterior, o que talvez fosse mais razoável, mas bastou o nome dele circular por São Paulo na questão turfística para as informações truncadas se espalharem.
Marcelo Medeiros, presidente do Inter, disse-me que não há absolutamente nada. Conversa, sondagem, aceno: nada. Pelo menos para o clube brasileiro especulado.
O principal boato deu conta de uma possível ida de Paolo Guerrero para o Allianz Parque, com o Inter ganhando bom dinheiro pelos direitos econômicos. E quem gasta dinheiro a rodo, sem medo de errar ou arriscar, especialmente nesta posição, a do camisa 9? O Palmeiras, é claro.
Duro seria a torcida aceitar: mesmo saindo em litígio com a torcida do Corinthians, Paolo Guerrero ainda é o herói do título sobre o Chelsea, em 2012. E nada irrita mais um palmeirense do que a afirmação de que o Palmeiras não tem Mundial.
O Santos é bicampeão, herança dos tempos de Pelé. O São Paulo, de Raí a Rogério Ceni, é tri. Enquanto isso, o Palmeiras segue na fila e sempre morre na praia quando disputa a Libertadores.