Além da suplementação orçamentária e orçamento para 2020, a pauta da reunião do Conselho Deliberativo do Grêmio, marcada para terça-feira (26), analisará também uma ideia de Juliano Ferrer, sócio com mandato no colegiado.
Depois da estátua para o ídolo maior, Renato, vem aí um busto destinando ao criador do hino, uma marca do Grêmio. Trata-se da produção de um busto ao Lupicínio Rodrigues. Que, além de ser um dos maiores compositores da música popular brasileira, também assina letra e música do hino tricolor.
— Ele também representa um ídolo negro na história do clube, entre tantos outros — explica Alexandre Bugin, vice-presidente do Conselho Deliberativo.
O Grêmio lançará, na mesma reunião do Conselho, o projeto "Clube Para Todos", que tratará permanentemente da questão do preconceito racial no futebol. A proposta do busto, feita por Juliano Ferrer ao Conselho de Administração, foi prontamente encaminhou para votação no Conselho Deliberativo.
A próxima etapa é definir como será esculpido o busto, bem como o material a ser usado. E também o tamanho e local onde será exibido na Arena. Uma comissão do departamento de patrimônio será nomeada para tratar desses detalhes. O nome do artista será escolhido entre as sugestões que oficialmente forem apresentadas, conforme o rito estatutário.
Imagino que haverá disputa. É uma honraria e tanto eternizar Lupicínio no estádio de seu clube do coração. Ainda mais com a estátua de Renato já tomando espaço cativo no cenário dos jogos. Criador de sucessos como Se Acaso Você Chegasse (1938), Nervos de Aço ( 1947) e Esses Moços (1948), Cadeira Vazia (1950) e Castigo (1953).
O hino ele compôs em 1953, em um guardanapo, no restaurante Copacabana, enquanto esperava para ir a um jogo do Grêmio no Estádio da Timbaúva, do Força e Luz, com os amigos. O bonde estava de greve, então eles foram a pé. O resto da história todo mundo conhece.
Criador do estilo musical “dor-de-cotovelo”, gravado por nomes como Francisco Alves, Elza Soares e Jamelão, Lupi nasceu e passou a maior parte de sua vida em Porto Alegre. Filho de uma família humilde, tinha 20 irmãos. Morreu em 1974, aos 60 anos.