Sobre a base do Inter, após as ótimas atuações de Heitor e Bruno Fuchs contra o Palmeiras, pelo lado direito da defesa, vale dizer que não está escrito em lugar algum que só pode renovar com jovens diferenciados.
Suponhamos que a safra não é mágica como nos anos 1970. E daí? O Inter não tem, em casa, um lateral-esquerdo melhor do que Natanael? Um atacante superior a Parede? Bruno Fuchs teria recebido chance se o Palmeiras permitisse que Emerson Santos jogasse?
O Inter parece lento em relação aos pratas da casa, até passando para a gurizada uma ideia de desconfiança. Nesta semana em que o noticiário será ocupado pela semifinal brasileira de Libertadores, assim como antes foi a final da Copa do Brasil, o Inter deveria meditar sobre o seu histórico e multi vencedor DNA.
Um rápido exemplo. Matheus Henrique e Bruno Fuchs têm quase a mesma idade. Ambos foram campeões em Toulon, com a seleção brasileira olímpica. Matheus, como titular, muito em razão de sua rodagem no Grêmio. Bruno, na reserva. Natural: quantas vezes teve chance no Inter? Dá para contar nos dedos no Brasileirão: Ceará, Fluminense, Palmeiras.
Assim fica difícil disputar posição na seleção. Ainda assim, ele segue sendo convocado. Sobram elogios para ele não apenas na comissão técnica sub-23, mas também entre os observadores da principal.
As duas equipes trabalham conectadas e se conversam no dia a dia da CBF, na sede da Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. A CBF parece confiar mais em Bruno Fuchs do que o próprio Inter - pelo menos até o jogo com o Palmeiras, que deve garantir um melhor aproveitamento do zagueiro. Pena que apenas na alvorada de outubro, para o Inter.