Neste sábado (12), Fluminense e Bahia se enfrentam às 19h no Estádio Maracanã, no Rio de Janeiro, pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Com 38 pontos, mesma pontuação de Grêmio e Inter, o Bahia do gaúcho Roger Machado, que figura em todas as listas como um dos sonhos colorados para substituir o demitido Odair Hellmann, faz uma campanha surpreendente. Brigando na parte de cima da tabela, com chances de conquistar vaga na Libertadores da América do ano que vem, sua equipe ocupa o 8º lugar na tabela de classificação.
O campeonato do Fluminense é outro. Soma apenas 26 pontos e ocupa a 15ª colocação, distante apenas três pontos da zona do rebaixamento. O detalhe é que, sob o comando do carioca Marcão, interino efetivado como permanente após a demissão de Osvaldo Oliveira, o Fluminense encorpou. Venceu Grêmio e o clássico contra o Botafogo, além de empatar fora de casa com o Cruzeiro, mantendo um adversário direto na zona de rebaixamento.
Roger e Marcão são os dois únicos técnicos negros empregados entre os 20 clubes que compõem a Série A do Campeonato Brasileiro. Por isso o presidente do Observatório, o gaúcho Marcelo Carvalho, provocou os dois clubes e seus treinadores a trabalharem na área técnica do Maracanã com a camiseta que diz "chega de preconceito" e o símbolo da entidade, que cataloga e divulgar os casos de racismo e homofobia no futebol, ambos agora passíveis de punição até de perda de pontos.
Roger e Marcão toparam imediatamente, como forma de conscientizar a opinião pública de que o racismo no futebol ainda é muito forte. Mesmo com muitos jogadores negros no futebol, é raro vê-los em postos de comando quando encerram a carreira, como técnicos ou gestores.