Desde que Odair Hellmann foi demitido do cargo de técnico do Inter, após a derrota para o CSA, em Alagoas, a direção colorada só tinha feito proposta para um profissional: Eduardo Coudet, treinador do Racing Club, de Avellaneda. É o objetivo fixo, tipo sonho de consumo. Foram horas de reunião com ele em Buenos Aires, para tratar do projeto colorado em 2020.
Roger Machado, do Bahia, e Tiago Nunes, do Athletico-PR, ambos respeitadíssimos no Beira-Rio, foram alvos de sondagens. O Inter não fez proposta oficial a eles. Se Ricardo Colbachini não suportasse o tranco, como de fato ocorreu, o Colorado iria atrás de um mandato tampão.
Rodrigo Caetano, executivo de futebol, entendia que Zé Ricardo seria o mais adequado para o cargo, por defender um modelo parecido ao de Eduardo Coudet e, substancialmente, por ter alcançado no Flamengo e no Vasco o objetivo que o Inter busca: vaga na Libertadores.
No caso do Vasco da Gama, uma conquista digna de elogios. O Vasco vinha de uma passagem pela Série B, mas ao comando de Zé Ricardo alcançou vaga na Libertadores já no primeiro ano de retorno. No Flamengo, pelas mãos de Caetano, foi bem, chegando a ser apontado como revelação das casamatas.
A decisão por Zé Ricardo fortalece a posição de Rodrigo Caetano no Inter. O sucesso ou desterro na luta por G-6 e, sobretudo, G-4, irá para a conta do experiente executivo de futebol colorado, que vence a queda de braço de ideias interna no clube.