Foi uma classificação tranquila, com qualidade, sem sobressaltos. O Inter venceu de novo o Nacional, desta vez no Beira-Rio. O 2 a 0 (Moledo e Guerrero) não espelha o jogo.
Com posse de bola predominante e duas dezenas de finalizações (oito chances claras), o Inter mostrou muita superioridade em relação aos uruguaios, que mal encaixaram chutes tortos de fora área. Não fosse o VAR anular dois gols de Nico López no primeiro tempo, haveria goleada antes do intervalo.
O Inter fez uma partida inteligente. Em vez de entrar no jogo do Nacional, que não sabe propor ações e, mesmo em desvantagem, não saía de trás, o time de Odair não desatou a marcar alto, pressionar e dar blitze quando a bola rolou.
Foi com calma, se preservando e, não raro, até buscando algumas ligações diretas de qualidade com Cuesta, quando o Nacional apertava sua marcação média, na linha divisória. O gol de Moledo, de cabeça, após escanteio cobrado por D’Ale, a 17 minutos, facilitou a vida do Inter. O Nacional teve de ao menos tentar atacar.
O espaço apareceu, com Edenilson e Patrick se projetando como meias, acionados por D’Ale, que jogou demais. Houve certo preciosismo em algumas situações, tal era a diferença técnica e tática.
Sobis e Nonato, nos lugares de Nico e Lindoso, qualificarem a transição e deram novo gás. Nonato quase faz um golaço, a drible. Moledo e Cuesta foram zagueiros para defender e volantes na troca de passes. O Inter está nas quartas da Libertadores de forma incontestável, sem deixar dúvidas de quem foi melhor.