O jogo desta terça-feira à noite, na Arena, é mais uma das tantas provas de como o futebol é o mais incrível dos esportes. Por mais que elementos sugiram análises definitivas, a prudência recomenda sempre um pé atrás. São muitas variáveis envolvidas.
Antes da Copa América, o Palmeiras era o time a ser batido. Não perdia há um ano. Nadava de braçada. A todo dia surgia um recorde atropelado pela Academia, sem que a direção abaixasse a guarda nas contratações.
Enquanto isso, o Grêmio se equilibrava como dava. Cheio de desfalques por lesão, sofria com instabilidade de rendimento. Teve de parir uma bigorna para se classificar na Libertadores, após péssima largada. Aí veio a pausa para o torneio continental de seleções.
E o cenário começou a virar.
De líder do Brasileirão, o Palmeiras se vê ameaçado de sair até do G-4. Mesmo após ter o calendário aliviado pelo fim da linha na Copa do Brasil. Ao contrário dos duelos dos anos 1990, agora o futebol envolvente é o do Grêmio, enquanto o Palmeiras aposta na marcação forte e no contra-ataque. Suas estrelas estão presas a essa ideia.
A questão central para o time de Renato Portaluppi é o erro de passe, seja qual for a causa. Se não recuperar a bola onde a perder, dará espaço e sofrerá. Levar gol qualificado complica, mas vale ressaltar: o Grêmio vai bem fora de casa nos mata-matas.
Se encaminhar hoje vaga na semifinal da Libertadores, melhor. Mas que fique claro: qualquer vantagem é boa sobre o poderoso Palmeiras do cancheiro Felipão.