Com o prestígio recuperado no Grêmio após os gols marcados contra Libertad e Athletico-PR, o centroavante André pede atenção agora para a parte defensiva. Na opinião do jogador, o mais importante no jogo desta terça (20), contra o Palmeiras, pelas quartas de final da Libertadores, será não tomar gols. O objetivo é levar uma boa vantagem para a partida de volta, em São Paulo, na próxima semana.
— Um bom resultado seria não tomar gol. Vamos ter que fazer gol, mas o mais importante seria não tomar. Na Libertadores, tem gol qualificado, diferentemente da Copa do Brasil. Se não tomarmos gols e ganharmos por 1 a 0, será um grande resultado. Lá (em São Paulo), eles vão ter que sair. Temos que estar muito focados para não tomar gol e aí levar o menor problema possível para São Paulo. Tomara que eles saiam e deem mais espaços — disse André.
O centroavante também comentou o momento de críticas que recebeu da torcida durante o período em que não estava marcando gols. O atleta ainda afirmou que usa o exemplo dos gols marcados por Renato Portaluppi nos clássicos cariocas, em seus tempos de jogador, como inspiração para balançar as redes em partidas decisivas, como fez contra o Libertad e contra o Athletico-PR. Em 1995, o hoje técnico gremista era atacante do Fluminense e marcou, de barriga, o gol do título do Campeonato Carioca daquele ano contra o rival Flamengo.
— Se a gente parar para ver, outros grandes atacantes também estavam vivendo esse período de seca. Faz parte. O que não pode é deixar de trabalhar. Eu trabalhei. Uma hora a bola iria entrar. Os gols voltaram. Agora é continuar trabalhando para que não aconteça esse período de novo, pois é algo que incomoda muito o atacante. Não adianta o atacante só jogar bem, ele tem que fazer gols. E os gols estão saindo no momento decisivo. Há um tempo, o Renato me contou do Campeonato Carioca em que ele fez os gols decisivos nos clássicos. Guardei para mim. Tomara que isso siga acontecendo no nosso mata-mata — completou o centroavante.
André ainda pediu cuidado com a catimba do Palmeiras. Segundo o atacante, no empate por 1 a 1 com o time de Felipão neste sábado (17), pelo Brasileirão, o adversário amarrou o jogo quando estava na frente no placar.
— A gente teve uma lição. Quando eles estão na frente, cai um jogador. Eles sabem catimbar e fazer cera. Temos que estar ligados. Como o juiz será de fora (do Brasil), a gente sabe que ele deve deixar o jogo correr mais. Vai ser um jogo diferente. Mas temos que estar na frente para eles não fazerem catimba — acrescentou.