Não passa desta semana o segundo fico (ou não) de Renato Portaluppi no Grêmio. O presidente Romildo Bolzan, o técnico e o empresário Gerson Oldenburg se reunirão em Porto Alegre. É preciso decidir de uma vez por todas. Nem Flamengo, nem Grêmio e nem Renato querem entrar de férias com uma dúvida deste tamanho. A volta das férias é logo ali, e o treinador tem de mergulhar na elaboração do seu grupo de jogadores, seja na Arena ou no Ninho do Urubu. É contagem regressiva. Se ficar, terá muito trabalho pela frente.
O futebol envolvente do Grêmio se perdeu com a ida de Arthur para o Barcelona e os problemas de lesão de Maicon, Luan e até Ramiro. Até que ponto Renato os terá inteiramente para mais um temporada absurda com mais de 70 jogos? O Grêmio precisa de zagueiros reservas, um armador (a menos que Douglas ressuscite, para não queimar Jean Pyerre) e um atacante que divida com Everton a responsabilidade dos gols. A menos que Jael e André desencantem. Já o Flamengo é quase um canto de sereia — só que verdadeiro.
Rico como nunca esteve em sua história, o clube mais popular, famoso e de maior torcida do país do futebol pode dar a Renato reforços à mancheia. Está terminando o Brasileirão voando. Por pouco não beliscou o título do Palmeiras. Dinheiro não é problema. Renato poderá indicar quem quiser, sem misérias. O Grêmio contrapõe com a segurança que terá com Romildo Bolzan. E uma boa proposta, claro. Não pedirá para seu maior ídolo ficar só prometendo uma estátua.