O Diário Olé publicou uma entrevista que pode servir de subsídio ao Grêmio. Lucas Pratto, centroavante do River Plate bem conhecido no Brasil, protagonista no Atlético-MG e no
São Paulo, um camisa 9 que já foi sonho de consumo tricolor, falou sem frescuras e mistérios das características de seus companheiros, revelando bastidores e até manias. Dá para recolher boas "dicas". Repare no que Pratto fala acerca dos autores dos três belos gols da vitória por 3 a 1 que eliminou o Independiente. Sobre Rafael Borré:
— O Rafa tem juventude, pode fazer cem piques por jogo. É por isso que às vezes eu digo “pare de cortar, Rafa!”.
Mais adiante, menciona a fama de fominha de Borré, um driblador emérito. E tira onda:
— Se o Rafa me der a bola? Aí ele está em um ótimo dia...
Outra curiosidade do papo solto e inteligente do centroavante foi a descrição do meia canhoto colombiano Juan Fernando Quintero, 25, a quem chama pelo apelido (Juanfer), cuja estilo é o oposto de Borré:
— Quem joga Playstation sabe que o Juanfer tem o dedo sempre no triângulo para o passe profundo. Às vezes eu também digo a ele "pare, brinque um pouco, somos dez caras por trás de você e ainda longe do gol!". No futebol intenso de hoje, você precisa respirar.
O River Plate possui quatro atacantes de respeito. Lucas Pratto e Rodrigo Mora têm 30 anos. Ignácio Scocco, 33, de passagem fracassada pelo Inter, que inclusive resultou em dívida trabalhista, vive grande fase na Argentina e cresce em mata-matas, conforme testemunho de Lucas Pratto. Rafael Borré, o fominha, 23, é o gurizão do quarteto.