A derrota por 2 a 0, que virtualmente tira o Grêmio da briga por título, veio ao natural. Com seis desfalques, contra o melhor grupo do Brasil reforçado pelos inexplicáveis efeitos suspensivos de Maike e Diogo Barbosa, concedidos em pleno feriado de Dia das Crianças, desobrigando-os de cumprir suspensão por cartão vermelho, era quase impossível.
O Palmeiras pressionou por 10 minutos, sempre com Dudu e Maike em cima de Marcelo Oliveira e Bressan, ambos perdidos no jogo. Abriu o placar com Deyverson, recuou linhas e administrou contra-ataques. Poderia ter goleado. Fernando Prass não fez uma só defesa.
Pobre Bressan
Com Alisson, Luan e Pepê atrás de Jael, quase em um 4-2-4 (os extremas falharam sem a bola), o Grêmio perdeu o jogo no meio. Em favor de Renato, diga-se que ele não tinha muito para onde correr.
O Palmeiras marca forte com Thiago Santos, Bruno Henrique e Moisés, mais Dudu e Willian disciplinados na recomposição. Felipão manteve o Grêmio naquela troca estéril de passes, como se as goleiras estivessem em frente às casamatas.
O mundo vai cair na cabeça de Bressan, que falhou nos dois gols de Deyverson, o segundo de forma bisonha. Mas a derrota foi coletiva, com o Palmeiras melhor em tudo.
Abriu
O repórter Eduardo Gabardo chamou Renato no particular após a entrevista e arrancou a notícia. Além de a lesão de Luan ser a fascite plantar, a tal inflamação na sola do pé que o assombra desde 2015 (isso mesmo: desde 2015), o técnico disse que "abriu". Mais do que dor de sempre, agora haveria ruptura.
Se o Grêmio perdê-lo contra o River, e não recuperar Everton, terá de abrir mão do seu estilo de posse de bola em nome de uma estratégia mais defensiva, pragmática, de resistência. De sobrevivência. Nunca o noticiário médico foi tão importante.