Mais do que a merecida a Bola de Ouro para Luka Modric, que já tinha sido escolhido o craque da Copa do Mundo, o troféu de melhor do planeta não ir para um atacante ou meia-atacante é um é um suspiro de renovação, após 10 anos de polarização dos gols e dribles de Cristiano Ronaldo e Lionel Messi.
Modric desbancou dois artilheiros: Mohamed Salah e CR7. A essência do futebol é o gol, mas até estufar a rede há um universo a ser orquestrado do qual Modric é o maestro. Ele é o rei do passe e da valorização da posse de bola objetiva, no campo adversário.
Para ficar no universo da dupla Gre-Nal, jogadores como Maicon e D'Alessandro, mestres neste fundamento, devem estar se sentindo contemplados com o prêmio ao seu ofício.
O seu triunfo é também a comunidade do futebol tentando compensar uma injustiça produzida pelo esporte e fatalidade. Quem encantou o planeta na Rússia, com talento e coragem, foi a valente e extraordinária Croácia, e não a poderosa porém comum França, que ainda teve uma mãozinha da arbitragem na final.
A seleção francesa teve lá seus méritos, é claro, nas será lembrada nas história das Copas como a mais medíocre entre todas as campeãs, com direito a um gol contra e outro que nasce de uma simulação de Griezmann. Suspeito que a epopeia croata se eternize tanto quanto, talvez mais, do que os próprios campeões em 2018.