Rodrigo Dourado, capitão do Inter desde que D'Alessandro passou a ser opção no banco de reservas, ficou de fora da primeira lista convocação do técnico Tite pós-Copa do Mundo da Rússia, para os amistosos contra EUA (dia 7 de setembro) e El Salvador (dia 11). Aos 24 anos, ele é jovem, campeão olímpico em 2016 e tem histórico na base da CBF, além de idade para estar no Catar-2022.
O volante do Inter entrou no caldeirão de nomes que passam a ser observados pelo treinador em sua dura missão de renovar a Seleção, de olho no Mundial do Catar. Tite precisa formar nova geração de talentos, um caminho longo e espinhoso, ainda mais com a sempre obrigação de vencer, sobretudo a Copa América no Brasil, já no ano que vem.
A avaliação é de que Dourado ainda tem de evoluir em alguns aspectos para chegar ao alto nível exigido pela Seleção, mas suas boas atuações e compreensão tática o incluíram nas observações do treinador. Um destes aspectos é a transição, com mais velocidade e acerto no passe. Dourado melhorou bastante nestas duas tarefas essenciais para um meio-campista, mas estamos falando na régua alta de Seleção Brasileira.
Ele atua na função de Casemiro no 4-1-4-1, mas quando o volante do Real Madrid estava suspenso para as quartas de final, diante da Bélgica, a opção foi Fernandinho. E todos vimos o resultado. Lá da Rússia, na cobertura da RBS, falei no Sala de Redação e escrevi em minha coluna de Zero Hora, antes do jogo, que tinha "medo" de Fernandinho no lugar dele. Por isso a observação de parte da comissão técnica. E quando não houve Casemiro? O Inter jogar no mesmo desenho tático, no 4-1-4-1, e Dourado tem sido destaque no Inter que disputa o alto da tabela no Brasileirão.
Rodrigo Dourado segue no radar, não tão ao centro do ponto central como Everton, Paquetá e Pedro, tomando como base os jovens convocados que ainda atuam no futebol brasileiro. Em resumo: ainda terá de ralar e mostra mais para merecer convocação.
Mas entrar no caldeirão de Tite não é pouco. Caberá a ele dar a resposta que o credencie em definitivo.
