Antes de vir para a Rússia, e mesmo já aqui, no maior país em extensão do planeta, escrevi sobre a maldição da estreia. O time que começa nunca é o que termina, ao menos no caso da Seleção Brasileira.
Foi assim em 1958, quando Pelé, Garrincha e Zito entraram só na terceira partida, diante da União Soviética. Em 1994, Raí deixou a equipe mesmo chegando como celebridade. Em 1998 foi a vez de Giovani perder lugar na estreia, contra a Escócia. Pois aconteceu de novo, em 2018.
Não foi exatamente na estreia em si, mas Tite já não repetirá o time. O lateral-direito Danilo sentiu o quadril no treino aqui no Estádio São Petersburgo, como se sabe. Joga Fagner, do Corinthians. Ele tem menos grife. Não joga no Manchester City, como o substituto de Daniel Alves. Mas Tite confia muito nele.
E qual é a sua missão nesta sexta-feira, diante da Costa Rica?
Ajudar a não deixar a Seleção capenga, caindo só pelo lado esquerdo, onde Marcelo naturalmente se impõe como opção, com Neymar e Philippe Coutinho. A ordem é para Fagner fazer o mesmo na direita. Tite quer que ele peça a bola, se apresente, trabalhe com o setor de meio-campo, participando da transição. E, fundamentalmente, se aproxime de Willian na hora de atacar, dando ao extrema do Chelsea um suporte para ser mais agudo.
Por vias tortas, o destino talvez tenha dado ao Brasil uma peça nova para ser menos capenga em relação à estreia contra a Suíça. Se for bem, a chance de ficar no time é grande.