Tenho uma convicção acerca do Inter na Copa do Brasil, baseado no contexto instável do clube pós-retorno à Série A e no pragmatismo defendido por D'Alessandro justamente em razão deste quadro que ninguém mais contesta.
Nesta quinta-feira, em Salvador, o time de Odair Hellmann joga pela última vez com a obrigação de se classificar. A partir das oitavas de final, quando entra a turma de peso da Libertadores, o que vier é lucro.
Em caso de vaga conquistada diante do Vitória, o Inter ainda poderia escapar dos favoritos no sorteio dos confrontos de oitavas, aumentando suas chances de ir mais longe. No mundo real, se cair diante de Palmeiras, Grêmio ou Flamengo, por exemplo, não pode haver crise.
Não se pode cobrar do Inter algo que ele não tem condições de entregar. Este é o ponto. As limitações do Vitória não são maiores do que as do Inter. Logo, eliminar os baianos é uma satisfação que o time pode entregar ao seu torcedor.
Em tempo: mesmo que dê tudo errado no Barradão, nada de mudar de rumos. O Inter precisa de continuidade de um bom trabalho, e isso passa por apoio na turbulência. Que virá, em algum momento. Se repetir o desempenho dos últimos três jogos com resultados positivos (Grêmio, Vitória e Bahia), o Inter vai adiante.
O caminho da vaga
Edenilson, suspenso, fará falta na transição. Gabriel Dias é menos jogador. Em casa, Vagner Mancini ataca. William Pottker e Iago serão essenciais no contra-ataque, pelos lados.
O caminho da vaga será a disciplina defensiva operária de todos, como até Nico López já percebeu. Contra o Bahia, foram 23 roubadas de bola, número alto.
O Inter pode matar o confronto sem precisar dos pênaltis. Aí o que vier é lucro, para além da cota de R$ 2 milhões aos 16 classificados.