Ele chegou do Cruzeiro imantado pela desconfiança. Se foi liberado por Mano Menezes como contrapeso de Edilson, não era lá tudo isso. Eu mesmo não coloquei muita fé, após jogos ruins com a transição, especialmente um, diante do São José.
Três meses depois, Alisson é o 12º jogador de Renato. Virou sua grande arma de ataque, com velocidade e drible pela direita. Veste o figurino que foi de Everton nos tempos de Pedro Rocha, só que pelo outro.
No primeiro turno, Alisson liderou a virada de 2 a 1 sobre Brasil-Pel. Sem aquela vitória, o Gauchão acabaria ali. O primeiro gol foi dele. Entrou a mil no lugar de Madson, devolvendo Leo Moura, então no meio, ao lugar de origem.
Repetiu a dose nas finais — sempre saindo do banco. Na Arena, o gol que desenha o 4 a 0 é o segundo, dele. No Bento Freitas, acerta o ângulo e fatura o Prêmio Bucha, entregue pela RBS TV para o gol mais bonito da competição. O Grêmio deve muito do título gaúcho a Alisson, seu 12º jogador.