Após a repercussão negativa do veto ao árbitro de vídeo, alguns presidentes correram a se explicar. A desculpa geral é dinheiro: a rica CBF exigiu que os clubes pagassem. Pergunta-se: se todos eram a favor, no mérito, por que não fincaram pé juntos? Processaria a todos para cobrar os valores? Está em crise? Precisa de doações? Por favor.
É triste, mas o episódio evidencia a desunião histórica dos nossos dirigentes. Não conseguem se contrapor nem a uma entidade desacreditada por denúncias de corrupção. Assim fica difícil defender um Brasileirão organizado pelos clubes, bandeira deste colunista.
Anote
Importante dar nomes aos bois no placar final da votação sobre o árbitro de vídeo: 12 a 7.
Contra: Corinthians, Santos, América-MG, Cruzeiro, Atlético-MG, Atlético-PR, Paraná, Vasco, Fluminense, Sport, Vitória e Ceará.
A favor: Bahia, Botafogo, Chapecoense, Flamengo, Grêmio, Inter e Palmeiras.
Além do custo, outra desculpa é a necessidade de mais testes, já que o recurso será usado na Copa do Brasil. Pago para ver. Posso apostar que, para 2019, novas desculpas virão e o árbitro de vídeo será deixado de lado outra vez. Tomara que eu queime a língua.