A Comissão de Arbitragem da CBF havia prometido que o árbitro de vídeo seria utilizado a partir da primeira rodada do Brasileirão 2018. Faltou só combinar com os clubes. Apenas Grêmio, Inter e outras cinco equipes se manifestaram de forma favorável. Não foi o suficiente e o uso do recurso foi reprovado para a competição nacional.
A decisão não surpreende. Ela apenas reflete a insegurança que a implementação de algo novo representa, principalmente diante de algumas experiências em que o uso do árbitro de vídeo gerou problemas e até mais polêmicas. Os clubes decidiram não pagar por algo que ainda apresenta incertezas.
A medida trava uma evolução que seria importante para o futebol brasileiro. Por outro lado, concede mais tempo para o amadurecimento do processo de implementação e preparação da arbitragem. Até porque não seria simples a tarefa de viabilizar toda a estrutura para os 380 jogos do Brasileirão. É provável que o recurso seja testado em partidas da Copa do Brasil.
Que a demora sirva para que as coisas ocorram da forma correta. Enquanto os passos são lentos e o futuro do futebol brasileiro não chega, a CBF poderia parar de anunciar datas e mais datas para a estreia do árbitro de vídeo.