Neste debate sobre quem deve ocupar a extrema esquerda do Grêmio no 4-2-3-1 de Renato, trata-se menos da designação em si, titular ou reserva. Isso não tem importância. Os técnicos planificam uma partida pensando em 13 ou 14 peças. Não se admite mais terminar um jogo sem substituições. Se está tudo certo taticamente, a parte física impõe mudanças, no mínimo, para renovar o gás.
Assim, concordo que Renato não esteja preocupado em quem sai jogando. Importa é o resultado final para o conjunto. Se Everton está resolvendo vindo do banco, qual o problema? Mas a questão central não é essa.
A questão é a peça em si, e não o momento de ela entrar. Se Everton provar que seu rendimento desde o início pode repetir Pedro Rocha, capaz de aliar gols, passes e um senso de marcação apurado sem a bola, ele merecerá jogar tanto quanto for possível.
A hora de Renato se certificar disso é agora, já a partir de amanhã, contra a Ponte Preta. A meritocracia impõe uma sequência a Everton. Suas entrevistas indicam amadurecimento na parte tática, algo que Renato exige.
Não poderia haver melhor notícia, antes da decisão da Libertadores, do que encontrar em casa um autêntico Pedro Rocha cover.