Lembra aquele 3 a 3 do primeiro turno, com velocidade, alto índice de acerto nos passes, muita bola rolando, grandes defesas dos goleiros e um sem número de chances de gol? Pois é. O Grêmio e Cruzeiro desta quarta-feira, na Arena, não teve nada disso. Ao contrário.
A derrota do Tricolor por 1 a 0 foi marcada por dois times com muitos desfalques. Assim, o desentrosamento ditou o ritmo, produzindo uma partida de qualidade menor. De parte do Grêmio, mesmo sem Luan, Michel, Ramiro e Bruno Cortez, há motivo para preocupação.
Parecia um time em formação, começando temporada e abusando do chuveirinho. Erros de passe, espaço entre as linhas, demora na recomposição e falta de criatividade.
Chance mesmo, o Grêmio teve duas, com Arroyo cobrando falta, e Éverton. A escalação inicial de Renato não funcionou. Arroyo, na esquerda, confuso, ainda não se achou. A surpresa de Jean Pyerre como meia central naufragou. De costas, a promessa azul pareceu peixe fora d'água.
Tanto que Renato tirou os dois a sete do segundo tempo, colocando Éverton e Patrick. Não alterou o quadro. Mais objetivo, o Cruzeiro matou o jogo em contra-ataque, com Thiago Neves servindo Sóbis.
O Grêmio está ameaçado de perder vaga no G-4. Foi-se a gordura de pontos. Mas isso importa menos do que o futebol desaparecido que o Grêmio tem de reencontrar até a Libertadores, sempre com o desconto das lesões.