Em um Gre-Nal de Gauchão movimentado, pegado e sem violência dentro e fora do campo, algo a se comemorar, o empate em 2 a 2 refletiu bem o equilíbrio do clássico.
Em linhas gerais, O primeiro tempo foi do Grêmio. A segunda etapa foi do Inter, pelo menos até Carlinhos sentir a perna e ter de ficar em campo sem condições, já que não havia mais trocas a fazer. Ainda assim, o Grêmio não criou chances mas graves além do gol de empate.
No primeiro tempo, viu-se claramente como o Grêmio é um time mais pronto, equilibrado e confiante. Quando um time marca um gol de contra-ataque de cartilha, abrindo um jogador pelo lado (Pedro Rocha) no exato momento em que a bola é recuperada, temos a prova de mecânica e organização. Foi assim a bela execução da jogada no gol de Bolaños. O Inter errou muitos passes e o Grêmio se aproveitou disso para pressionar e ser bem superior. A ausência de Maicon ressaltou a presença de Ramiro e de Luan, que foram armadores com chegada à frente. Bolaños jogou à frente.
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No segundo tempo, brilhou o técnico Antonio Carlos Zago. Ele foi corajoso: sacou Charles e Carlos, colocando Roberson e Nico López. Só que eles dois, mais D'Alessandro e Brenner, vieram todos por dentro, e assim ontem o Inter obteve vantagem numérica em relação à defesa do Grêmio.
A virada, com gols de Roberson e Brenner, veio por dentro. Foram 15 minutos, talvez 20, muito fortes. Aí Renato entrou com Fernandinho, e sua estrela brilhou: foi dele o chute forte de empate, talvez com Danilo Fernandes podendo defender. Mas a pancada veio em curva, forte, potencializada pela chuva: mérito de Fernandinho.