Sabe como estou escrevendo essa crônica? Com o celular, naquele espaço do Facebook que pergunta sempre o que estou pensando. Pergunta impertinente, por sinal, sugere uma intimidade que não tenho nem quero ter com o Facebook.
Mas agora preciso dele, tenho de escrever aqui, porque caiu um temporal e, com ele, a energia elétrica. Não sei se vai dar certo esse meu estratagema, mas vou tentar.
O fato, meu amigo leitor, é que ando me sentindo o Sofrenildo, de uns tempos para cá. Só escrevo colunas de dor e sofrimento. Onde estão os chopes gelados?
É revoltante, mas eu os recuperarei. Aos chopes gelados, digo. Chega de lamúrias. Viva a morfina e o tramal.
Pois é o que quero anunciar, bravo leitor: quero avisar que, se a dor vier, não reclamarei, mas a tornarei mansa como um gato castrado, graças aos mais poderosos analgésicos de que a ciência dispõe, e depois me atirarei num barril de chope. E, se o infortúnio vier, o debelarei com golpes de alegria. Vou rir-me do revés, rir, até que ele desista. Eles não vencerão!
Não vencerão!
Assim, o que é uma queda de energia de sete horas de duração, para quem tem imaginação? O que é? Uma chance de mostrar como sou engenhoso.
Aí está o texto que você queria!
Eu venci.