Prestes a completar 30 anos de uso nas eleições, nunca houve uma prova sequer de que a urna eletrônica foi violada e teve seus dados adulterados. Para mudar o resultado de uma eleição presidencial, por exemplo, seria necessário, fraudar muitas urnas, em diferentes partes de um país gigante.
Atacar as urnas sem provas significa jogar dúvidas sobre uma evolução tecnológica e milhares de pessoas que conduzem a eleição.
Detratores do equipamento, prestem atenção ao que disse o engenheiro e professor universitário Diego Aranha, um defensor do voto impresso, em entrevista à rede BBC: "Não faz sentido, primeiro, sugerir um mecanismo (de voto impresso) com discurso de fraude, porque isso contamina a origem do debate. E, em segundo lugar, sugerir o voto impresso como maneira de coibir fraudes na transmissão e na totalização, onde já existe um procedimento de auditoria que funciona. Então, esses dois pontos comprometem o debate como ele vem sendo discutido hoje".
Na eleição passada, o processo foi eivado de denúncias de fraude na urna. Apesar de prometer, o então candidato Jair Bolsonaro sustentou a tese sem nunca mostrar a prova que embasava a adulteração. Acreditar em teorias da conspiração, dá nisso: tu repetes uma mentira para justificar uma tese. E perde o direito político, inclusive.