Juntos, os votos conferidos a Nelson Marchezan e as abstenções no primeiro turno em Porto Alegre somam quase 500 mil pessoas. São 500 mil possíveis votos para o segundo turno.
O atual prefeito fez 21% dos votos (136 mil), e os que deixaram de votar chegaram ao recorde de 33% (mais de 358 mil). Mais do que apoio de outros candidatos que ficaram para trás e estão dispostos a embarcar na eleição do segundo turno, Sebastião Melo e Manuela D'Ávila precisam, nos 11 dias que faltam para o pleito, buscar aí o maior volume de votos para tentar vencer a disputa.
Por isso, os dois foram mais cuidadosos no primeiro debate entre eles, na Rádio Gaúcha, nesta quarta-feira (18). Primeiro, foi um debate sem as amarras de réplica e tréplica. Debate livre, inspirado no modelo americano.
Cada candidato foi testado na capacidade de rapidez de respostas e em ser prontamente confrontado com uma nova pergunta ou crítica. Nem Melo, tampouco Manuela partiram pra cima da gestão de Marchezan.
A única crítica discreta ao atual governo foi de Manuela, quando falou de educação. De resto, o governo municipal não foi a Geni, como acontecera no primeiro turno.
Os eleitores que não foram às urnas domingo passado foram mobilizados, convocados e estimulados a mudar de ideia. Essas foram as duas principais marcas do debate para quem estava ali, no meio, mediando o encontro. O alto nível de ideias e comportamento também ficou muito claro.