O total de abstenções em Porto Alegre cresceu 10,5 pontos percentuais no primeiro turno das eleições municipais deste ano, se comparado com o pleito de 2016, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Neste ano, 358.217 (33,08%) eleitores não compareceram às urnas para escolher prefeito e vereador no município, contra 247.240 (22,5%) em 2016, valor divulgado na época da eleição. Levando em conta o total de votantes ausentes em cada uma das eleições, o crescimento percentual é de 44%.
Entre as capitais brasileiras, Porto Alegre lidera o ranking nesse quesito, seguida por Rio de Janeiro (32,8%) e Goiânia (30,7%). No país, a taxa de abstenção ficou em 23,14% — em 2016, foi de 17,58%. Na eleição presidencial de 2018, a taxa nacional foi de 20,33%.
Em todo o Rio Grande do Sul, 1,9 milhão de eleitores não foram votar nessa primeira etapa do pleito, o que representa 23,67% da população votante no Estado. Na eleição municipal passada, esse indicador ficou em 15,48%, segundo o TSE.
Na madrugada desta segunda-feira, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, afirmou que o total de abstenção nacional no primeiro turno não era um número ruim, levando em conta o cenário da pandemia de coronavírus:
— Extraordinário, porque nas últimas eleições foi mais de 20%, e nesta eleição, 23%, em meio a uma pandemia. Mais um fator que precisamos comemorar.