Na rua, no metrô, no elevador de um edifício aleatório, na mesa ao lado no restaurante, tem sempre um brasileiro por perto. Por mais corriqueiros que sejam esses encontros em uma cidade do tamanho de Nova York, é sempre esquisito perder a capa da invisibilidade do idioma estrangeiro por alguns instantes. Se você está distraído, talvez até falando alto na mesma língua, fica matutando se não disse algo que pudesse escandalizar o compatriota (quem nunca?). Se está sozinho, não sabe se liga o alerta “falamos português” ou permanece em silêncio, sustentando a cara de desentendido diante de qualquer tipo de assunto que venha a surgir na sua frente – o que nem sempre é fácil.
Som familiar
Opinião
Essa nossa canção
Uma exposição em cartaz até março no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, explora a ligação visceral dos brasileiros com a música
Cláudia Laitano
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