Dois amigos no quarto de um hospital. Um deles está morrendo, e os dois sabem disso. Há uma urgência posta na conversa: o projeto de um livro que o homem que está morrendo gostaria de ter escrito (se a doença não tivesse colocado tudo em segundo plano) e que ele espera que o amigo possa ajudar a finalizar. Pesando no ar, os subentendidos da circunstância extrema. Sobre o que conversar quando tudo que um deles disser será, de alguma forma, definitivo? Planejam-se providências práticas ou ensaia-se uma despedida? Reflete-se sobre o passado ou dá-se orientações sobre o futuro? Cede-se à emoção ou tenta-se manter o equilíbrio de superfície para não aumentar ainda mais o embaraço do momento?
GZH faz parte do The Trust Project
- Mais sobre:
- otavio frias filho