Li Grande Sertão: Veredas quando estava na faculdade de Jornalismo, no começo dos anos 1990, e o livro nunca mais saiu do meu infinito particular. Ainda sob o impacto da leitura, usei uma frase do romance de Guimarães Rosa como epígrafe do meu trabalho de conclusão de curso, que tratava das crônicas do jornalista Carlos Reverbel (1912 – 1997): "Vivendo, se aprende; mas o que se aprende, mais, é só a fazer outras maiores perguntas". Grande Sertão é um livro que se lê sublinhando e anotando frases, e não foi difícil encontrar uma que parecia muito adequada para a primeira página de um trabalho acadêmico. (Epígrafes e dedicatórias são mais ou menos como tatuagens: com o passar do tempo, podem nos orgulhar ou nos deixar constrangidos. Eu ainda me orgulho da minha.)
Bem x mal
Em momentos de insegurança, surge a tentação do "pacto com o demo"
Obra-prima de Guimarães Rosa, "Grande Sertão: Veredas" narra a história de um homem que se pergunta sobre as escolhas que fez
Cláudia Laitano
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