A notícia do dia no Grêmio é o avanço nas negociações com o Banrisul para a renovação do patrocínio master da camisa tricolor. O clube tem contrato com o “banco dos gaúchos” desde o início dos anos 2000, e deve renovar por valores que superam 30 milhões por anos de contrato.
Nos últimos meses, o clube recebeu uma proposta de uma bet para este espaço, mas acabou optando por não avançar neste negócio. A maioria dos grandes clubes do Brasil, neste momento, recebem valores bem maiores do que o Grêmio por este espaço, e este é o ponto principal da preocupação tricolor.
É preciso dizer, de pronto, que o patrocínio do Banrisul para os clubes gaúchos é muito bom, valorizado por qualquer profissional do segmento. Os números colocados nestes mais de 20 anos superam qualquer apoio a outro clube nacional neste período. O case Banrisul pode ser definido como o melhor para os clubes, se analisarmos o tempo, os valores e a exposição. Podemos dizer, inclusive, que o Banrisul participou de forma efetiva da evolução dos clubes gaúchos neste século, tanto pelo dinheiro quanto pelas linhas de crédito, que ajudaram muito em momentos de total dificuldade.
Neste momento, no entanto, o volume de dinheiro colocado no mercado do futebol tem assustado a todos que tentam fazer gestão. Os valores dos patrocínios master dos “adversários” nacionais giram em torno de 120 milhões por ano, ou seja, cerca de quatro vezes o que o Grêmio negocia, e está aí a discussão. O Tricolor começa a enfrentar dificuldade para fazer enfrentamento nas negociações para reforços, e a tendência é que esse ponto aumente nas próximas janelas.
Fica claro que será preciso diminuir os custos e minimizar os erros. A distância financeira será mais flagrante ainda, e o Grêmio precisa acertar mais nos próximos anos. Gastos absurdos como os ocorridos nas últimas temporadas serão definitivos para o clube. Está na hora de acordar e entender. E parar de acreditar no que fez até agora. Reforços caros, chegados com pompa no aeroporto e com a máxima de que “aqui vai jogar”, precisam terminar com urgência. Está na hora de darmos mais respeito a um projeto concreto, com humildade, dando espaço à base e reforçando a organização interna. Se repetirmos a receita dos anos anteriores, vamos perder ainda mais.
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