Muitas pessoas entenderam que meu discurso na Jornada Esportiva da Rádio Gaúcha após a derrota para o Caxias foi contra o Renato. Mas não foi.
Meu discurso foi contra o posicionamento da diretoria do Grêmio. A relação que Renato fez sobre a quantidade de reforços a caminho — três a quatro nomes, de acordo com ele — é um contraponto importante ao discurso que os dirigentes estavam fazendo antes do jogo.
O Grêmio vive uma briga ideológica com Renato. E isso vale tanto para a torcida gremista quanto para a diretoria do clube. Quando o Grêmio ganha, ganha o Renato. Quando o Grêmio perde, perdem os dirigentes, por não reforçarem o time e tudo mais.
O Grêmio fala em profissionalismo e o Renato é o homem referência, mas os dirigentes e os torcedores, por vezes, questionam o trabalho do ídolo. Quantas vezes já ouvimos a frase "não pode dar poder ao Renato". Mas Renato é o Alex Ferguson do Grêmio.
O Grêmio precisa assumir a figura de Renato como dirigente. Ele é o mais capacitado dos homens dentro do Grêmio para fazer futebol. Gostem ou não. E essa figura dele, hoje, permite a discussão. O Grêmio não precisa passar por cima disso, e sim apresentar o ônus e o bônus ao treinador.