Logo após a derrota do Inter para o Fluminense, escrevi um texto aqui em GZH falando da semelhança entre esse jogo e a eliminação do Grêmio para o River Plate em 2018, na Arena. Críticas fortes e elogios tomaram conta das minhas redes sociais.
Uns queriam textos tripudiando os derrotados, outros elogiaram a postura e a empatia demostrada na coluna. E aí está o ponto da reflexão. A impossibilidade de ter unanimidade em qualquer opinião e a definição de qual caminho era o mais correto.
Não sou contra a brincadeira ou a flauta, mas, pessoalmente, tenho muita dificuldade de gerir quando o alvo sou eu no momento da partida. Sei da minha fraqueza. O momento do jogo, para os apaixonados, é de muita tensão e eu tenho muito cuidado com isso. Sei bem do sofrimento e da alegria. Por isso, nestas horas, o processo de empatia me atinge mais forte do que o meu lado torcedor secador.
Hoje, mais de 12 horas depois do fato, resolvi, junto aos colegas da Rádio Atlântida, brincar um pouco. Me vesti com uma fantasia de Padre e com adereços do Fluminense no programa "Bola nas Costas" e, mais uma vez, ouvi críticas e elogios, dando conta de que as coisas jamais terão o mesmo entendimento por parte de quem recebe qualquer tipo de informação.
A vida é assim. Cada um toma um caminho. Eu respeito o jogo e, passado o calor do fato, me sinto livre para brincar. Outros preferem brincar no jogo e esquecem no outro dia. A perfeição está no respeito às pessoas e suas ações.
Não somos e nunca seremos perfeitos. Somos frágeis, para agir e para sentir e a grande alegria da vida se dá nesta fragilidade. E o futebol é uma forma sanguínea de abrirmos essas fraquezas. No calor da emoção, somos o que somos e isso é fantástico.
E tem Gre-Nal no domingo e os sentimentos, novamente, estarão à flor da pele.
Graças a Deus!