Serão mais seis jogos na Arena até o final da Era Suárez no Grêmio. Há uma regressiva aberta para o fim de um ciclo que foi curto, mas está na história de 120 anos do clube. Um dos melhores centroavantes do mundo no novo século passou por aqui.
A direção do Grêmio tem exata dimensão disso e, também, do desafio que será substituí-lo. Um outro Suárez será impossível. A régua foi elevada nas nuvens. Porém, o Grêmio acerta ao projetar que, em vez de um Suárez, compensará sua saída com dois, talvez três, contratações que encorpem o time e ajudem a preencher essa lacuna.
O negócio feito com Suárez precisa ser modelo a ser apresentado em cursos de gestão de futebol. O Grêmio teve ajuda de parceiros para bancar seu salário, na casa de R$ 2 milhões, e viu seu arrojo se converter em ganhos paralelos que fazem dele uma contratação e uma venda ao mesmo tempo.
O Grêmio faturou com o uruguaio, estimam integrantes do alto escalão, um valor próximo ao recebido por Arthur, na maior venda da história do clube.
O quadro social saltou para 100 mil, quase o dobro de janeiro. A venda de produtos bateu recordes, motivada por uma Arena que viu sua média de público aumentar em 50%.
Esse foi um dinheiro que entrou no caixa da gestora do estádio, é verdade, mas ele dá dimensão do quanto Suárez mexeu com o orgulho azul. Para completar a receita, ele entrega em campo o que se esperava. Em 42 jogos, fez 20 gols e deu 12 assistências. Ou seja, 40% dos gols feitos pelo Grêmio em 2023 têm o pé dele.