A notícia do dia no Grêmio é a renovação de contrato do zagueiro Natã até dezembro de 2026. Atualmente, o jovem jogador formado nas categorias de base do clube é o sétimo na hierarquia da zaga tricolor. Essa informação cria uma indagação no torcedor. Seria essa uma convicção do clube ou uma inconsistência entre o discurso e a prática?
A relação entre o discurso e a prática é uma das grandes discussões no futebol, e uma informação como essa de Natã permite uma reflexão mais profunda sobre essa lógica. O Grêmio conta com muitos zagueiros, e alguns foram contratados recentemente. Rodrigo Ely, por exemplo, chegou há pouco, tem contrato com o clube até dezembro de 2025, e está à frente de Natã na hierarquia do técnico Renato Portaluppi.
Por outro lado, Bruno Alves e Bruno Uvini não fazem uma grande temporada e podem deixar o clube, o que abriria espaço maior para a utilização de Natã. Neste ponto, a informação viraria um indicativo do planejamento do Grêmio para os próximos anos. Se renovar ou contratar jogadores mais experientes, no entanto, a prática será diferente do discurso.
A valorização da base, ponto fundamental de todos que dirigem o Grêmio, não pode se perder no discurso. A renovação por longo período é um bom sinal, mas, além disso, é preciso ter uma ideia de utilização destes jogadores. Natã, no modelo atual, está fora dos planos de Renato, mas a próxima temporada parece reservar situações melhores para ele.
Agora é esperar e entender se o discurso do Grêmio vai se aproximar, finalmente, da prática, ou se seguiremos questionando essa diferença.