O fim de semana foi repleto de emoções para o esporte brasileiro. Em Tóquio, a seleção feminina de vôlei superou seus problemas dentro e fora de quadra para vencer o Japão e se classificar para os Jogos de Paris, em 2024. Ainda nos torneios Pré-Olímpicos, tivemos as classificações das favoritas Turquia, Sérvia e Estados Unidos e duas surpresas, com os passaportes carimbados por República Dominicana e Polônia, superando China e Itália, respectivamente.
E os méritos na classificação dominicana devem ser creditados para Marcos Kwiek, técnico brasileiro radicado no país caribenho desde 2008 e que tem vínculo com a federação local até 2028. Mas, citando treinador, é impossível não falar em José Roberto Guimarães, o único tricampeão olímpico e que irá disputar sua nona edição dos Jogos, contando Montreal 1976, quando ele foi um dos levantadores brasileiros.
Força do basquete
Em Singapura, o basquete mostrou força com o título mundial de clubes de Franca. A competição acabou escondida do noticiário por não ter televisionamento e ainda porque a Confederação Brasileira de Basketball (CBB) fez questão de não citá-la, já que está em guerra com as principais equipes do país, que se organizaram há 15 anos para realizar o NBB. Aliás, se viu algo assim com a Copa União em 1987, se levarmos para o futebol.
Mas a CBB merece um mérito. Habilmente negociou com a Federação Internacional a vinda de um dos torneios Pré-Olímpicos feminino para Belém, em fevereiro do próximo ano, o que pode ser decisivo para a seleção retornar aos Jogos.
Aqui no Rio Grande do Sul, méritos para o Caxias Basquete, que levou o título do Sul-Brasileiro e que, nesta terça-feira (26), decidirá o torneio Interligas, contra o Olímpico, da Argentina.
Medalhas no judô, brilho de Rayssa, nova geração do surfe e vagas olímpicas na canoagem
Outra modalidade que merece destaque é o judô, o esporte que mais medalhas deu ao Brasil na história olímpica. Das 24 conquistadas até hoje, três delas estão na coleção da gaúcha Mayra Aguiar, que uma semana depois de se sagrar octacampeã pan-americana faturou um bronze no Grand Slam de Baku, competição em que Beatriz Souza, uma de nossas apostas para Paris, levou o ouro.
Rayssa Leal ficou fora do pódio em algumas competições do fortíssimo circuito internacional de skate e até algumas críticas surgiram para a menina de apenas 15 anos. Mas qual esportista não oscila? Ainda mais um adolescente. Pois em São Paulo, ela foi perfeita no fim de semana e venceu a etapa do STU National. Ainda brilharam por lá Giovanni Vianna, Augusto Akio, Isadora Pacheco e a gauchinha Sofia Godoy, 14.
Outro esporte chamado de "radical", o surfe teve mais uma disputa nacional em Maceió, e alguns nomes que rapidamente poderão estar com a Brazilian Storm brilharam na capital alagoana em disputas até a última onda para apontar os vencedores.
Ainda na água, mas em Londres, Ana Sátila e Omira Estácia garantiram mais duas vagas olímpicas para a canoagem.
Vitórias e crescimento nos rankings do tênis
Já nesta madrugada, o gaúcho Rafael Matos passou à final de duplas do ATP 250 de Chengdu, na China. O jogador nascido em Porto Alegre, que na semana anterior teve grande atuação no jogo de duplas do confronto pela Copa Davis contra a Dinamarca de Holger Rune, quarto do mundo, fora de casa, e que foi vencido pelo Brasil.
O tênis ainda teve as boas novas de Ingrid Martins avançando no ranking de duplas (55ª), assim como Laura Pigossi, que chegou ao 125º em simples. Bia Haddad Maia segue no top 20 nas duas modalidades, e Luisa Stefani se manteve na 10ª posição entre as duplistas.
São muitas as notícias boas e positivas do esporte brasileiro. Até porque nem só de futebol vive o mundo. E, daqui a 25 dias, começa, em Santiago, no Chile, mais uma edição dos Jogos Pan-Americanos.