O caso Wallace parece finalmente ter terminado. Na segunda-feira, Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), Comitê Olímpico do Brasil (COB), Comitê de Ética do COB (CECOB), atleta e a Advocacia Geral da União (AGU) firmaram um acordo para dar um ponto final à polêmica criada pelo próprio atleta.
Amplamente debatido, discutido, o tema que envolve o oposto campeão olímpico com a seleção brasileira em 2016 levantou outros aspectos. Alguns deles dentro do próprio esporte, como sobre quem pode legislar a respeito de situações como essas ? Pelo que se viu, valeu e muito a força do Comitê de Ética, o que é algo que deve ser saudado.
Por outro lado, o jogador e o Sada Cruzeiro, que se sobrepuseram ao que foi determinado e própria CBV saíram "ilesos". Wallace atuou na decisão da Superliga, inclusive marcando o último ponto da partida, mesmo que determinação superior o impedisse, afinal o CECOB alertou que a decisão liminar do STJD da CBV não tinha validade e que uma sanção maior poderia ocorrer.
Agora, com a costura política feita pelas partes, Wallace terá que cumprir a pena inicial de 90 dias das competições nacionais e de um ano sem defender a seleção brasileira, o que para ele não irá ter efeito prático. Afinal, os três de punição serão cumpridos em um momento em que as equipes estão de férias, já que é hora das competições de seleções, onde ele já não iria atuar. Vale lembrar que o jogador de 35 anos já havia se aposentado da equipe brasileira, após os Jogos Olímpicos de Tóquio e que aceitou voltar no ano passado para disputar o Campeonato Mundial, por conta de lesões de diversos atletas da sua posição.
Por outro lado, o Sada Cruzeiro não deverá perder o seu oitavo título nacional, mesmo que o COB tenha afirmado que não reconhece o resultado da decisão contra o Minas Tênis Clube, já que a Superliga é organizada e realizada pela CBV, sem qualquer interferência direta do COB.
Quem perdeu nesta história toda? O esporte.