Quando os primeiros europeus cruzaram o oceano rumo às Américas, no fim do século XV, chegaram às terras e logo batizaram: Novo Mundo. A expansão do horizonte geográfico do planeta ficou ainda mais extensa depois, na descoberta da Oceania, chamada de Novíssimo Mundo. Corta para 2023 e uma equipe de jornalismo, unida com uma das maiores Universidades do Brasil, tem a missão de nomear um projeto de exploração de áreas do conhecimento em um game na televisão. "Caminhos" era o primeiro nome, já consagrado em anos anteriores no Globo Esporte RS. "Caminhos que nos levam para onde?", nos perguntamos.
Para responder, começamos a mergulhar nos reinos que conheceríamos nesse jogo: Medicina, Humanidades, Negócios, Comunicação, Ciências da Saúde e da Vida, Direito e Politécnica. Todas áreas essenciais quando pensamos na evolução da sociedade. Cada uma delas, um caminho para chegarmos ao que, desde as caravelas, seguimos buscando: o novo mundo.
Esse novo mundo não diz respeito a mais terras para "descobrir", pelo menos não aqui no nosso conhecido Planeta Terra. Estamos falando de algo abstrato, mas ao mesmo tempo absolutamente concreto quando avaliamos a urgência de sua realização. O novo mundo esperado é mais igual, mais sustentável, mais respeitoso e pelo tamanho dos desafios para alcançarmos esses objetivos, ele parece muito distante. Mas se analisarmos pela perspectiva de que na porta desse novo mundo está pendurada a placa "em construção", aí ganhamos fôlego para seguir. Cada atitude pode ser um tijolo. Cada novidade tecnológica o cimento para sedimentar a estrutura. Cada iniciativa um pedacinho do telhado resistente. E a pedra fundamental dessa obra é a educação. É ela que garante organização e dinâmica para a construção e é através dela que vamos atravessar o mar de incertezas em que estamos navegando.
Em todas as áreas, educação de qualidade garante evolução. Mas em uma, especialmente, a necessidade de estudo e atualização constantes é ainda mais importante: a saúde. Sem ela, não há sociedade possível para modificar, pois sem ela simplesmente não existimos. E foi justamente o reino da medicina o primeiro dos nossos "Caminhos". Acompanhamos encantados o "global Health", um programa de intercâmbio que permite que os estudantes vivenciem práticas médicas em outros países e tragam essa expertise para sua atuação profissional futura. Nos deparamos, também, com as mais avançadas tecnologias em salas de aula aqui no canto sul do Brasil, que poderiam ser encontradas em qualquer outro lugar desse mundo conectado e sem fronteiras.
Antes de ter as vivências médicas com os pacientes, os estudantes têm a oportunidade de se preparar em simuladores que reproduzem com perfeição a relação interpessoal. O "boneco" simula a respiração, a circulação, e até a fala. Atrás de um vidro com uma película, invisível, um professor analisa e avalia a conduta dos alunos, que naquele dia éramos eu e o Luciano Périco. No nosso primeiro desafio, experimentamos a vivência de uma "anamnese", aquele questionário feito pelo médico no primeiro contato com o paciente, afim de conhecê-lo para chegar a um diagnóstico. Acompanhados dos universitários, chegamos as nossas conclusões sobre o que aquele paciente, no caso o simulador, tinha. E com a avaliação do professor, o diagnóstico mais próximo do verdadeiro, era o vencedor. Foi uma dinâmica divertida, mas, acima de tudo, foi uma primeira grande aula de como já estamos construindo o tal "novo mundo".
Sabemos, a construção definitivamente será através da educação. Concordamos, vai ser preciso ter a tecnologia como aliada. Finalizamos: só será possível fazer isso juntos. O grupo de jornalistas, a Universidade, e os telespectadores que acompanham o conteúdo todas as terças no Globo Esporte e ao longo da programação da RBS TV, estão unidos nesse projeto que demonstra inúmeros casos de busca por evolução, chamado "Caminhos - um Novo Mundo". É desafiador. Talvez até mais do que aquela travessia do oceano dos descobridores. Mas está acontecendo.