Estamos no começo do mês de agosto e no Projeto Caminhos para a Vitória vamos começar uma imersão no Catar. A ideia é que sejamos apresentados ao país da Copa 2022 sob diferentes perspectivas: política, social, econômica, religiosa, cultural. E faremos isso através de um curso criado pela PUCRS, customizado para as necessidades específicas de quem vai trabalhar na cobertura.
Vocês irão acompanhar tudo a partir de agora com a gente, mas aquelas nossas metas de cuidado com a saúde, exercício e alimentação seguem valendo. E o mês de julho foi todo voltado para a área nutricional, lembram? Pois justamente na última semana de julho, entrei em férias. E chutei o balde. Ou melhor, isolei! Mandei o balde tão longe que terei de percorrer pelo menos os mais de 12 mil quilômetros que separam Porto Alegre do Catar para tentar buscá-lo.
Estou falando das duas servidas seguidas no buffet de sorvete, do churros, da cervejinha diária, da pizza, enfim, de uma dieta praticamente inteiramente baseada em "escapadas" do plano alimentar durante esse período de descanso. Mas vamos combinar que o balde é sempre, inevitavelmente, chutado. Ninguém escapa. Nunca. Jamais. Seja na dieta ou em outra área da vida. Quantas vezes a gente não chuta o balde no trabalho, no relacionamento, com os filhos ou amigos, não é mesmo?
A origem dessa expressão é desconhecida. No português chutar o balde quer dizer "perder o controle", "desistir de algo", mas na tradução literal para o inglês, que é kick the bucket, ganha outro significado. É um eufemismo para a morte, como o nosso "bater as botas".
A referência histórica seria atribuída à execução pela forca, em que os condenados ficavam em pé sobre um bloco, colocavam a corda ao redor do pescoço, e o bloco era retirado para que fossem enforcados.
Mas calma lá que aqui o assunto é vida. E o cuidado para manter uma vida cada vez mais saudável. Então é preciso dizer que quando chutarmos o balde na dieta, e, de novo, todos vamos chutar o balde na dieta, a grande questão é o tempo que a gente demora para ir atrás dele.
Mesmo nos períodos em que estive mais focada, dei leves chutadinhas: abusei do doce um dia, a ansiedade pegou e comi demais no outro. O que me ajudava era a capacidade de sempre retomar logo no dia seguinte. As férias deixariam os jogadores das seleções que se preparam para a Copa orgulhosos. Foi chute atrás de chute. Sem descanso.
Mas chegou a hora de ir buscar esse baldinho. Voltou o trabalho, volta a disciplina, com aquela chutada eventual e necessária. Por enquanto, foco total, afinal, o balde também merece férias. Vou deixá-lo um tempinho descansando dos meus chutes.