No projeto Caminhos para a Vitória, do Esporte do Grupo RBS, eu e o Lucianinho Périco estamos vivendo uma mudança de estilo de vida em busca de mais saúde. Essa jornada faz parte, também, da preparação para a cobertura da Copa do Mundo, evento que, neste ano, também vai conviver com grandes transformações.
Enquanto nós experimentamos algumas primeiras vezes no dia-a-dia aqui ao sul do Brasil, como manter uma rotina de ginástica e alimentação saudável, o mundial de clubes, lá no Golfo Pérsico, terá várias delas. Para começar, o lugar. Será o primeiro disputado no Oriente Médio. O Catar e sua tecnologia de ponta, arquitetura futurista, grandes arranha-céus, tem parte de sua economia, uma das mais prósperas do mundo, baseada também em receber grandes eventos como esse.
Essa Copa vai ser a primeira no fim do ano. A escolha pela realização entre 21 de novembro e 18 de dezembro, e não em julho como estamos acostumados, se justifica pelas temperaturas que são mais amenas na região desértica nesta época do ano. Também por conta do clima, a maioria dos jogos será à noite, na manhã brasileira.
O Catar, que não chega nem ao tamanho do pequeno estado brasileiro de Sergipe, é o menor país em extensão territorial a receber uma Copa do Mundo. Os estádios moderníssimos estão espalhados em cinco cidades: a capital Doha, Al Khor, Al Rayyan, Al Wakrah e Lusail. A maioria das seleções estará instalada em um raio de 10 km de distância entre elas, nos arredores de Doha, onde permanecerão durante todo o torneio. A maior distância entre os estádios é de 50 km, o que permitirá que todos os deslocamentos sejam feitos de ônibus, sem necessidade de uso de avião.
E eu poderia continuar citando várias primeiras vezes que vamos vivenciar na Copa do Catar: a primeira depois da pandemia, a primeira em que os torcedores serão credenciados, e tantas outras. Mas paro por aqui, porque até novembro teremos muito mais a aprender dessa vila de pescadores no meio do deserto que se tornou potência mundial e vai ser a terra do futebol por um mês.
O Catar já está nos fazendo refletir. Um país com uma cultura tão diferente fez com que a nossa equipe procurasse aulas para buscar entendê-lo mais e melhor. Fiquei impressionada com alguns dados, desconstruí alguns estereótipos e trouxe nesse texto algumas das informações copiadas do caderno de aluna atenta que sou.
Tenho convicção de que assim como o nosso processo de mudança de estilo de vida, os aprendizados sobre o Catar serão constantes antes e até durante o Mundial. Ainda nos surpreenderemos com as muitas primeiras vezes que o país da Copa vai nos proporcionar. A Copa mudou e a gente tá mudando junto com ela.