No Rio Grande do Sul, existem 23 espécies de abelhas popularmente conhecidas como sem ferrão, nativas ou indígenas. Esses insetos – que pertencem aos grupos meliponini e trigonini – possuem ferrão atrofiado e, em geral, são pouco agressivos. A criação racional de abelhas como jataí, mirim e tubuna chama-se meliponicultura.
Leia mais sobre a importância das abelhas na agricultura:
Abelhas são as rainhas dos alimentos
1 – Adquira uma colmeia de um apicultor ou utilize iscas para atrair os insetos. O ninho-isca pode ser feito uma garrafa PET (limpa e envolvida em material que seja isolante térmico, como lona ou jornal, e colocada na horizontal, com um pequeno orifício na tampa) ou uma pequena caixa de madeira. A caixa é a mais indicada, pois, se vier a ser habitada, a colônia não terá que ser transferida, como no caso da garrafa PET.
2 – A caixa é composta de um suporte, que a deixa mais elevada; uma parte intermediária, oca, onde as abelhas construirão o ninho; e uma tampa. Conforme a colmeia for crescendo, novos níveis poderão ser incluídos, como uma melgueira (uma lâmina com furos), de onde o mel poderá ser extraído com uma seringa. As abelhas nativas produzem cerca de um litro de mel por ano.
3 – Para tornar o ninho-isca mais atrativo, uma dica é borrifar extrato de própolis na estrutura. A caixa de madeira deve ser instalada em um ambiente protegido do sol e da chuva. As abelhas nativas não exigem muitos cuidados. Segundo a professora Betina Blochtein, da PUCRS, a única exigência é que elas sejam deixadas em áreas que possuam flores, de onde irão extrair seu alimento.